sábado, 30 de maio de 2015

Classificação dos moluscos



 Classes



  •  Classe Gastropoda:
Os gastrópodes apresentam cabeça bem diferenciada, com tentáculos tácteis e outros nos quais se dispõem os olhos. Têm o pé muito típico, grosso e proeminente, sobre o qual se assenta a massa visceral, encerrada na concha. Devido à formação da concha, os órgãos mais importantes do corpo experimentam um processo de torção ou giro em relação ao eixo longitudinal, com o que o aparelho digestivo se curva e o sistema nervoso sofre um cruzamento em seus cordões neurais. Nos organismos marinhos, a respiração é branquial e nos de terra firme e de água doce, é pulmonar.  
Quando o animal se acha em perigo, retrai o corpo e o esconde no interior da concha, o que as formas terrestres também fazem ao entrarem em letargia para enfrentar o inverno. Neste último caso, a abertura da concha é tapada com muco que se solidifica ao secar, impedindo, assim, a perda de umidade. Certas espécies aperfeiçoaram ainda mais o sistema e formam uma pequena placa calcária, em forma de disco, com a qual vedam completamente a abertura.
Exemplos: lesma terrestre, lesma-do-mar, caracol e caramujo.










  • Classe Bivalvia
Em sua maior parte, os bivalves -- ou pelecípodes -- são marinhos. Sua concha se constitui de duas valvas que se fecham como tampas graças à contração dos chamados músculos adutores; a articulação das valvas se processa mediante a charneira, freqüentemente denteada, que as mantém unidas.
A respiração se efetua por meio de brânquias laminares, razão pela qual esses animais também são conhecidos como lamelibrânquios. Tais lâminas, ao mesmo tempo, filtram partículas alimentícias em suspensão na água. Algumas espécies, como as amêijoas, dispõem de estruturas tubuliformes -- os sifões branquial e cloacal -- pelas quais absorvem substâncias nutritivas e eliminam os resíduos oriundos da atividade metabólica.
Algumas espécies como ostras e mexilhões são sésseis e vivem grudadas em substratos submersos, enquanto que outras ficam enterradas na areia (mariscos e berbigões). Alguns bivalves conhecidos como teredo fazem túneis em madeira, causando estragos nos cascos das embarcações. Outros, conhecidos como pecten ou vieira, vivem no fundo do mar e se deslocam por meio de jatos de água produzidos pelo fechamento e abertura de suas conchas. Antigamente essa classe era chamada de Pelecypoda.
Exemplos: ostras e mexilhões.





  • Classe Cephalopoda:
Animais exclusivamente marinhos com os pés bem desenvolvidos saindo da cabeça – por isso o nome da classe. Alguns possuem conchas internas como as lulas e as sépias; e outros, concha externa espiralada, como os náutilos. Polvos não possuem concha e estão entre os maiores invertebrados conhecidos, apresentando tentáculos fortes e musculosos com ventosas usadas na locomoção e na captura de alimento. Possuem sistema nervoso bem desenvolvido, que controla movimentos rápidos e olhos semelhantes aos dos vertebrados. As glândulas digestivas estão separadas em fígado e pâncreas, com digestão extracelular. Alguns cefalópodes possuem cromatóforos (células epidérmicas que lhes permitem a mudança de cor para camuflagem, tornando-se pouco visíveis a predadores e presas). Polvos, lulas e sépias possuem uma bolsa de tinta na cavidade do manto que é eliminada em situações de perigo. A tinta deixa a água turva, impedindo que o animal seja atacado. Na mesma cavidade do manto, o animal emite jatos de água que o ajudam na locomoção.
Exemplos: lulas, polvos e sépias.





  •   Classe Scaphopoda:  
Moluscos exclusivamente marinhos, que passam a maior parte do tempo enterrados na areia. Sua concha é tubular, recurvada e aberta nas duas extremidades. Com pé afilado, são especializados em cavar. Não possuem brânquias e fazem respiração cutânea através do manto. 
Exemplo: dentallium.



  • Classe Polyplacophora ou Amphineura:

Animais marinhos que vivem no fundo do mar. Sua concha é formada por oito placas sobrepostas como telhas, produzidas pelo manto. Quando em perigo, enroscam-se. 
Exemplo: quítons.












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